UMA RÉSTIA DE LUZ NO FIM DO TÚNEL
Por Kátia Fadel Barione
O ódio a um partido, a uma mulher sabidamente honesta e íntegra, nos levou a esta emboscada meticulosamente programada e executada com primor. Todas as cartas estão marcadas, menos o coringa, que é o poder do povo. Vejo todo mundo pedir o fim rápido de 2016 e eu também peço.
No nosso subconsciente o ano que se inicia nos dá a impressão que algo será mudado, para melhor. Por isso essa letargia. Mas como isso não vai acontecer, o coringa entra em cena. Vai faltar rua para tanto povo, haverá greve geral, e o futuro presidente indireto, provavelmente do PSDB, vai pegar um rojão bem difícil de segurar.
Há um movimento, ainda imperceptível, que está tomando forma e será revolucionário. Subestimaram o nosso poder de raciocínio, a nossa capacidade de traçar estratégias. Ninguém pode subestimar um povo. Pensar que se pode governar um país deste tamanho, com esta riqueza, para apenas 10% da população é não ter a mínima ideia de quem somos e do que somos capazes de fazer.
Tirem o emprego, a escola, a comida e a diversão de um povo. O que resta? O instinto de sobrevivência, a revolta e o amor que temos pelos nossos filhos, nossos pais, nosso país. Resta o ódio com que nos alimentaram até agora. E será através do amor que também se transforma em ódio, que reinventaremos este país.