UMA QUESTÃO DE PRINCÍPIO
Por Davi Corrêa
Com todo o respeito aos companheiros que pensam diferente, mas, que se dane o pragmatismo. O dia 17/4/2016 marcou oficialmente o fim dessa fase. Não há rigorosamente alternativa política viável para a esquerda senão reiterar seu compromisso com a democracia e o estado de direito e abster-se de participar de qualquer tipo de composição, seja na Câmara ou Senado, direta ou indiretamente alinhada aos interesses escusos da corja de usurpadores que tomaram de assalto o Estado brasileiro.
Aliás, foi exatamente a radicalização, a ausência de pragmatismo e diálogo que garantissem respeito às instituições e manutenção da democracia, por parte da direita, que a permitiram executar "exemplarmente" o GOLPE DE ESTADO, retirar a esquerda e o povo à força do poder e tomar ilegalmente o comando do Palácio do Planalto. Portanto, nada de diálogo com este "governo".
Exceto para municiar a mídia fascista com manchetes do tipo, "PT fecha com governo e passa a integrar comando do Congresso", cargo algum cedido pela direita à esquerda, no Legislativo, será capaz de impedir ou atenuar os efeitos nefastos do golpe e compensar o desgaste político entre a militância e movimentos sociais.
Não podemos aceitar migalhas de um poder que é nosso por direito! Para a esquerda, respeitar aqueles que a elegeram deveria significar manter-se integralmente afastada deste "governo", posicionando-se com seus votos vencidos radicalmente contra os retrocessos e defendendo o povo, até que este efetivamente se dê conta da situação em que se encontra e possa, nas urnas, em 2018, legitimamente, reconfigurar o Congresso Nacional e eleger o seu presidente, que certamente será Lula.
A função primordial do erro é ensinar, e não ampliar os limites da ignorância.
Foto: Tudo sobre História