Porque me envergonho de meu país
Por Sérgio Arruda
No começo do século XX, por obra de um magistrado foi publicado um ensaio com nome "Porque me ufano de meu país", cujo título virou até estilo aos otimistas que revelavam esperanças sobre nossa vida ou desenvolvimento. TERRÍVEL ENGANO! As premissas a que o autor, Affonso Celso, se valeu, qual praga, se esvaneceram.... Se louvou a grandeza territorial nem pensou que haveria corrente que hoje prega separatismo e, pior, por razões ignóbeis, racistas, egoístas.
Quando teceu seu orgulho sobre Amazonas ou baia do Rio de Janeiro nem pensou que a do Rio viraria um esgoto podre que foi visto com receio aos esportistas que tiveram suas lides em suas águas. Do Amazonas pujante não previu que já consta em mapas estrangeiros como (res nullius) terra de ninguém e que a qualquer momento será ocupado pelo interesse americano ou de seus consórcios bélicos, bem como suas riquezas naturais.
Não previu que um néscio faria intermediação e junto a outros ficaria com parte do nióbio. Cândido elogiou a formação do "tipo “nacional quando vemos, hoje, a segregação igual ao "apartheid" entre os coxinhas. E o caráter nacional? Se elogiou, é por não ter percebido a inclinação de juízes serem partidários e covardes no exercício de função, de parlamentares só agirem em proveito de seus grupos ou pessoal, e a inclinação de vassalagem imperando nas classes médias e mais abastadas.
Não conseguiu divisar o vil caráter de bajulação de políticos que se embevecem carnalmente como FHC+melecófago e seus amigos seguidores dos EUA, prontos para anular a independência e dignidade do país. Se vivesse teria de presenciar a vitória do escravagismo mostrando como o futuro prepara o país para ser colônia e faz isso por meio de educação incipiente aos nativos para serem tão somente servos dos conquistadores.
Poderia ver que todas as cores e dísticos da pátria foram vilipendiados por quem os deveria enaltecer. Que o hinário e patriotismo viraram piada. Que os letrados pouco sabem além de falar a língua dos dominadores. Isto me veio à mente, como marca dos estertores que presenciamos pela entrega gratuita e desonrosa que assistimos, de nossos meios e empresas, pelo governo fantoche - colocado via golpe dos EUA, sem qualquer reação de nenhum dos poderes do país que deveriam zelar por todos.