EUTANÁSIA SOCIAL
Por Sérgio Arruda
Com a vivência de quem já superou 4/5 da vida, posso entender ao menos um lado dos eleitores que jogaram em Dólar desprezando o prolongamento de uma gestão que poderia recuperar valores naturais da cidade.
Quando a crise aponta para sofrimento é de se pensar que nem vale dar murro em ponta de faca. De que vale querer um refresco local em país que está sob jugo de invasores? Só quem gosta de ser enganado pode deixar de ver que já passamos a ser braZil, e não há porque alimentar esperança de retorno a vida saudável.
O que resta é ficar no existencialismo do "carpe diem" e nos ausentar de ideologia que nos traz inconformismo. Se o país está sob jugo e todo ajoelhado sob vara das togas vendidas, é melhor disfarçar do que passar vergonha. Há crença de que alguns males proporcionam morte rápida.
Não se pode desprezar essa opção! Mostra inteligência. Se não há jeito e nem remédio para o óbito, que seja antecipado e não se segurando em esperanças vãs. Os EUA já dão as cartas ao país que jaz inerme pela postura covarde de TODAS as suas defesas materiais e morais...TODOS se riem de ser colaboracionistas.
Por que termos passo diferente de todo o batalhão? Já vimos essas atitudes em incêndios como os dos Joelma e outros, em que muitos optam por se jogar ao solo do que sofrer morte pelo fogo. A desesperança nos leva à desistência.
Há algum tempo já defendi a tese de que Dilma não deveria sequer pensar em voltar se teria de se defrontar com a canalha que a cercou nos parlamentos e tribunais. O mesmo se aplica em Sampa. Sabedoria de aborígene da Austrália - estamos aqui, de passagem, para crescer, amar e nos ir...