Vem, vamos embora, esperar não é saber...
Por Márcia Tigani (Médica)
Já acordei hoje pensando assim: quantas Manus teriam que existir para fazer o contraponto à altura da direitalha paneleira? Por que um gesto aparentemente simples ganhou a dimensão de um ato simbólico contra as atuações direitistas difamatórias contra o futuro presidente do Brasil? O que falta na esquerda que faz com que a direitalha aparente uma força maior que a que possui? Fico pensando sempre numa frase que escutei uma vez de um conhecido psiquiatra: “com psicopatas”, só sendo “psicopata e meio". Ou seja, extrapolando para a atuação de nós militantes da esquerda, cadê nossa ousadia, irreverencia e capacidade de tomar os ideais defendidos pela esquerda nas mãos e na prática? Saindo da teoria para a práxis, e assumirmos nosso lado Manu, ou seja, a jovialidade da ousadia e a simplicidade do gesto autêntico baseado na defesa da ética, dos injustiçados e dos valores sociais. Que nos diferenciam da mediocridade dos “valores" defendidos pela direita brasileira? Que passividade e polidez é essa que a esquerda incorpora que faz com que um simples gesto de defesa a Lula transforme uma moça em heroína nacional?