UM BANHO DE ÓDIO E PRECONCEITO
Por Ana Paula Romão (Educadora)
O ódio à mulher nunca foi tão forte. O nível de misoginia à mulher em cargo de gestão é horrível! É com Dilma, e com inúmeras mulheres. O debate/embate atual é luta de classe, sim, representado pelo ódio aos Programas Sociais que atendem a classe trabalhadora, que somado ao ódio racista, ao gênero feminino, LGBT, nordestinos/as configura as matizes históricas da Casa Grande. Contudo, o agravante do ódio ao gênero feminino (por vezes, disseminado até em práticas na esquerda), está marcado na atual conjuntura.
Quando o sádico do Bolsonaro cita apologia ao torturador Ustra, o faz sabendo, que a especialidade dele era introduzir ratos nas vaginas das militantes. As falas "em nome das famílias", poderiam ser completadas: "em nome da família, da tradição e da propriedade", mas acima de tudo mostra a superestrutura machista e homofóbica ditando o bordão.
Recado nacional claro contra quem fugir à regra do modelo patriarcal de sociedade! Dizer que a mulher gestora é a detentora do "caos" também tem sido dito na UFPB, acabei de ler essa expressão em Grupo de Discussão fechado, de professores que atuam em um Mestrado, cuja primeira turma só foi possível ser realizada na gestão da “gestora do caos". Para quê reproduzir esse ódio ao feminino? No Brasil ou na UFPB, o que tem sido dito só pode ser visto como fruto dessa odialidade ao gênero feminino!