PARABÉNS aos pais da rede!
Por João Pinto (Escritor)
Hoje os pais são os queridinhos. Deles foram esquecidos os trejeitos que o filho sabe. O que gosta de pinga, isso não conta hoje. O que sempre vibrou o cinto no ar, as antigas surras são perdoadas. Se o pai é separado, deixa pra lá. E se o pai é finado, na hora do almoço vêm as lembranças. Sempre foi o teu herói. E qual o meu trejeito? Perdoe-me, meus três meninos, se levantei o cinto um dia quando vocês enchiam a minha paciência. Eu queria só preparar aula. Dar banho em vocês. As mamadeiras. Te vestir. Trabalhar para sustentá-los. Mas foi o meu maior encanto ter dado aula para vocês no ensino Fundamental e Médio. Lá naquela escolinha Maria do Céu, que tinha salas pichadas como nunca foi campeã nos estudos. Era lá que vos esperava com uma gramática puída. Vocês formavam a minha sala de aula.