“... A VIDA É NOVA E ANDA NUA, VESTIDA APENAS DE TEU DESEJO”
Foto: Mídia Ninja
Por Renato Uchôa (Educador)
A gente aprende melhor no movimento das ruas. A consciência se apressa no sopapo, no giro do bombaquim. “Deixa nós passar”. Cancão no pulo é que afia o pé ligeiro, que nós vamos precisar na defesa do nosso país. Barriga cheia, carreira boa. E vamos gritar para todo o mundo ouvir. O impeachment de Dilma é um Golpe planejado para excluir também as camadas subalternas, e no pinote o couro vai comer no lombo de setores da classe média treinada em carregar a Elite no espinhaço. Não aprendem. Vamos birrar como nossos ancestrais nos ensinaram, e agora nos chamam. Vamos birrar até a última gota de vida, e não vamos aceitar o golpe.
A geração dos entalados de enlatados, dos riquinhos que nunca sentiram a mãe terra no chão, adquiriram pela educação segregadora e excludente apenas os vírus da raiva e preconceito. Características dos fascistas em plena epidemia nas avenidas do Brasil. Precisando de novas vacinas jurídicas, por novos operadores da Lei. O que é bom, e o que é ruim. O Brasil rachado ao meio é uma faca enferrujada de dois gumes.
A Mídia Caponiana vem regando o ódio contra o PT e a esquerda brasileira, e tudo que vai para os filhos dos outros, volta em dobro. Mais cedo do que tarde, as camadas subalternas vão tomando consciência da importância que têm na defesa dos seus interesses de classe, que perpassa pelo respeito ao mandato de Dilma, e do Estado Democrático. E quando o morro descer não fique aí parado. Não vai ser bom para as camadas dominantes. A revolta que se vislumbra.
O desânimo marcado no rosto dos trabalhadores/as... Quem andou de ônibus viu, um dia após o festival de meliantes mandados com mandatos na Câmara dos De(putados), em ato deplorável condenaram uma presidenta honesta, com o aval do STF. Quem andou na rua viu a transformação do baque inicial no sorriso de “olha o troco Mané”. É impossível conter a onda que vai banhar o solo brasileiro na defesa da democracia contra os golpistas. Vem lambendo pelas beiradas, tira “o dedo do doce menino”, descendo o morro no compasso.
É muita ingenuidade do STF, STJ, CNJ..., achar que o povo brasileiro acredita, por um arroto jurídico, de quando em quando, que eles estão sendo isentos, imparciais, quando uma parte da escória brasileira imune zomba deles. Conselho é bom e é de graça, não é para rir, a coisa é séria. A nuvem togada com os dentes à mostra vai avançar, quer colocar uma coleira na população brasileira, que vai despertando e vendo claramente quem são os inimigos da democracia.
E são milhares em empregos suntuosos, com regalias de Rei, pelos salários e vantagem, para oferecer vantagem aos seus.
Eu confio muito mais em um julgamento de um trabalhador/a que ganha o salário mínimo e grita golpista, que àqueles do STF com salários e vantagens de príncipes, que vem no faz de conta cozinhando o galo Eduardo Cunha. Faz meses, no fogo feito com as páginas da Constituição. Uma vergonha a conivência da Corte em permitir, avalizar a admissibilidade do afastamento de uma presidenta eleita por um marginal, chefe de um grupo de prostitutos. Eu confio muito mais na sapiência jurídica do delegado de Puxinanã na Paraíba, do que parte dos ministros do Supremo.
O STF não engana mais ninguém, tem o conteúdo das camadas dominantes nas salas suntuosas dos direitos e garantias por lá. A Constituição combalida, esfarrapada, na mendicância, aposentada compulsoriamente desde o processo do Mensalão. O STF não nos representa. Eles precisam saber do nosso grito por amor pela democracia. Precisam saber que nós e o mundo os condenaremos mais cedo ou mais tarde, como os responsáveis principais pela quebra da legalidade e o caos.
Desde o Mensalão, início do plano para varrer o PT e as esquerdas do mapa. Ainda tem vários ministros da época com a mesma postura de boi de presépio. Condenaram inocentes na ausência das provas, ao som dos trios elétricos. Um escândalo que percorreu o mundo jurídico internacional, sobretudo. E nos show de horrores atuais, usurpam o que é de direito: a indicação de ministros no presidencialismo. Afrontam contra a presunção de inocência, ameaçam claramente a presidenta Dilma, até no direito de se defender. Denunciar ao mundo que o Supremo Tribunal Federal, inclusive, ao invés da defesa da Constituição, caminha para concorrer com o SPC, como avalista de um bandido. Uma dádiva com amplos poderes para vender a nação, após o Golpe Imoral em 17 de abril passado.
Pelo andar do carro de boi, como diria Ducarmo da bela capital Aracajú. Quando envolve golpistas pedigrees, vai para quase um semestre, os ministros do Supremo avalizam os crimes praticados por Eduardo Cunha, ao invés de afastá-lo. O grito do procurador Janot para o STF afastar Cunha é eivado de Dengue. De Zica vírus, ademais, suspeito da autorização da divulgação da escuta ilegal de espionagem da PF. Um crime de espionagem, capitulado na Lei de Segurança Nacional, a exposição ilegal da presidenta Dilma/Lula, por ordem expressa de Moro, é o que o caracteriza na suspeita de parceiro do crime contra o Estado Democrático.
Na ausência injustificável e inércia dos Tribunais que deveriam zelar na aplicação das leis. Na quebra do processo legal, que se arrasta com festas, alegorias afrontando o povo brasileiro, a facção togada incrustada nas instituições, ao que parece, discutindo o sexo dos anjos, quando envolvem os de “Asas do PSDB, PMDB e outros mais”. São rápidos e eficientes quando no açoite no pelourinho envolve a estrela do PT.
No absoluto quadro de exposição do povo brasileiro à insegurança, em todos os aspectos, o Código Penal, Art.301 nos permite prender qualquer um em plena prática do crime. Ou seja, qualquer cidadão pode dar voz de prisão, inclusive a Cunha um corrupto, saqueador das riquezas do país. Chefe da quadrilha política mais nociva da história do Congresso, e a cada passo, a cada movimento, o STF não visualiza, 24h em flagrante delito contra a nação e ao povo brasileiro. A prisão é sua, nossa, obrigação do povo brasileiro. A voz da rua é que vai prender todos os traidores do país.
OBS: a minha recusa em pronunciar o nome do STF. Até que caminhe e decida constitucionalmente em favor do Estado de Direito