A ORIGEM DA TRUCULÊNCIA
A ORIGEM DA TRUCULÊNCIA
José Alves da Silva (Professor)
A origem da classe dominante no Brasil e sua natureza ideológica é colonial escravista em todo o seu perfil, não tem outra alternativa. Mesmo que alguns possam lembrar do terrível cheiro das latrinas no oitão da Casa Grande, mas o seu comportamento social escravista não muda. Os "estudiosos", aqueles que ficam próximos dos jantares da elite afirmam outros conceitos. A crise da burguesia nacional, além do que foi dito, é fortemente truculenta e não tem como mudar esse conceito, até porque a nossa caracterização é, ainda e continua no modo de produção capitalista, de nação semicolonial. Já foi dito e redito, mesmo de forma diferente, mas no varejo e no atacado tem a mesma fisionomia, que "o Alfa e o Ômega da história no Brasil é criminalizar a soberania popular e os pobres e o Estado para os ricos".
Esse é o consciente da elite nacional e, em muitas crises de conjuntura econômica e política, um rebanho dos medianos socialmente, chamado de classe média, forma fileira ao lado da elite, mesmo sem ter convite. A "Operação Lava Jato" é o modelo típico dos truques e armadilhas da burguesia, assim como outros, se locupletando com as cores da falsa moral da brincadeira da "Ficha Limpa". A natureza da burguesia brasileira é de nunca ceder aos reclamos dos que gritam embaixo e o que é pior, se puder tomar, mesmo através de golpes baixos, alguma conquista dos trabalhadores isso será praticado - é o caráter da burguesia, como regra geral.
Os países que formam o elo forte do capital imperialista, ou dito de outra forma, da corrente imperialista, têm um caráter dominador de comando e não de subserviência, como é o caso do Brasil e de tantos outros países dos elos mais fracos. O governo Bozo só estar sendo útil para o capital e seus proprietários até o momento da perversa reforma da previdência, vale afirmar que, caso essa reforma seja aprovada, é o fim da aposentadoria integral, restando apenas pedaços de aposentadoria, como é dito pela sabedoria popular que além da "queda do burro tem o coice", ou seja, para se obter aposentadoria integral, obriga-se ter as duas pontas fechadas: 65 de idade e 40 de contribuição, isso homem, e 63 de idade e 40 de contribuição mulher. Para resolver um problema de arrecadação financeira, a elite joga o peso da crise nos ombros dos trabalhadores.
Esse exemplo só confirma a natureza da burguesia e quando ocorre algum tipo de confronto de interesses comerciais do Brasil semicolonial e os países imperialistas, a burguesia nacional é totalmente cúmplice, expressando covardia. Qualquer mudança estrutural do Brasil tem que ser feita pelos trabalhadores. Fora dessa premissa é impossível. Nos contextos atuais, a herança política, econômica e cultural expressa as formas iniciais de expropriação utilizada pelos colonizadores. Não é possível mudar a natureza ideológica da elite brasileira. O caráter ideológico colonial escravocrático não tem como ser abolido.
Pelo contrário, permanece muito visível. Um exemplo atual dessa análise cita-se a delação de Palocci na véspera do segundo turno da eleição presidencial, num claro objetivo de beneficiar o candidato da destruição. Será que o Tribunal Eleitoral, tribunal responsável pela eleição não percebeu o golpe? Alguém pode acreditar nessa inocência do tribunal? Não! Não é possível.